The unholly goes with the lonely.
Ela caminhava em passos lentos e silenciosos.
Descia as escadas devagar, prestando atenção para ver se alguém se aproximava.
Sentia medo e prazer.
A adrenalina agora percorria por todo seu corpo.
Saiu da casa daquela outra e começou a procurar por um táxi.
Sentia-se de alguma forma bem, mesmo estando só.
Não importava tanto assim, afinal, a solidão era um pedaço tão grande dela que nunca a incomodara, ou a incomodaria novamente.
Andou, e não vendo nenhum táxi se aproximar, decidiu sentar no meio fio e fumar.
Era o penúltimo cigarro no maço de "Carlton".
Acendeu o cigarro, e ficou ali.
Sem pensar em nada apenas observou a sua volta.
Era manhã, por volta de umas 6 horas da manhã.
Já estava claro, mas ainda estava frio.
Era primavera.
E estava próximo de seu aniversário.
Não pensou muito nisso na hora.
Apenas ficou ali, fumando e cantarolando a música Mourning air da Portishead.
Sentia-se bem com o que havia acontecido.
Sentia-se bem sendo apenas um objeto, e tratando os outros como tal.
Ela foi treinada para mentir, trair e enganar.
Sentia-se bem sendo a vilã.
A adrenalina de poder ser descoberta a fazia sorrir um sorriso que muitos em uma vida inteira nunca sorrirão.
De uma forma monstruosa, sentia-se completa.
Sentia-se bem em ter o poder.
Em ter controle dos sentimentos.Naquele momento.Só naquele breve momento.
Isso tudo passou naquele milésimo de segundo, que parecia ser infinito, mas que quando acabou, parece ter passado muito rápido, pois logo ela se viu triste.
Triste pois não sabia se classificar como nada além de um monstro.
Mas o tempo passou, e ela sobreviveu.
Cresceu,mas não muito.
Apenas mudou.
Começou a buscar ser igual.
Ser "normal".
Precisava de momentos de equilibrio,pois seu eterno desequilibrio começara a assustar.
E assim, num dia de primavera,alguns anos após aquela solitaria e boa primavera, se apaixonou.
Experimentou se sentir completa pelo toque de uma bela mulher, que cheirava a caramelo e que às vezes era tão doce quanto.
Aquela por quem se apaixonara e amava.
"No início era só um jogo...",hoje diz para si enquanto aguarda por sexta-feira, com o coração na mão e a mente longe, pensando naquela que não era um jogo e sim amor.
E deitada na cama, agora encarando o teto, não pensava, nem via, apenas sentia o tempo escorrer de suas mãos.
Apenas sentia-se só e agora, após se apaixonar, a solidão finalmente começara a lhe perturbar.
Mourning air(traduzida)- Portishead
Eu vi um momento com você?
Num mundo iluminado pela metade
Eu estou assustada para acreditar
Mas eu preciso tentar
Se eu tropeçar, se eu cair
Estou alcançando esse ar fúnebre
Eu tenho a força para perguntar?
Além da janela
Eu sinto esse medo sozinha
Até nós termos
Honestidade total
Se eu tremer ou cair
Estou alcançando esse ar fúnebre
Eu deveria sentir o momento com você?
Sussurrar suavemente
Eu não almejo nada tanto assim
Querendo revelar
Honestidade total
Eu posso sentir seu toque
Estou alcançando esse ar fúnebre
Descia as escadas devagar, prestando atenção para ver se alguém se aproximava.
Sentia medo e prazer.
A adrenalina agora percorria por todo seu corpo.
Saiu da casa daquela outra e começou a procurar por um táxi.
Sentia-se de alguma forma bem, mesmo estando só.
Não importava tanto assim, afinal, a solidão era um pedaço tão grande dela que nunca a incomodara, ou a incomodaria novamente.
Andou, e não vendo nenhum táxi se aproximar, decidiu sentar no meio fio e fumar.
Era o penúltimo cigarro no maço de "Carlton".
Acendeu o cigarro, e ficou ali.
Sem pensar em nada apenas observou a sua volta.
Era manhã, por volta de umas 6 horas da manhã.
Já estava claro, mas ainda estava frio.
Era primavera.
E estava próximo de seu aniversário.
Não pensou muito nisso na hora.
Apenas ficou ali, fumando e cantarolando a música Mourning air da Portishead.
Sentia-se bem com o que havia acontecido.
Sentia-se bem sendo apenas um objeto, e tratando os outros como tal.
Ela foi treinada para mentir, trair e enganar.
Sentia-se bem sendo a vilã.
A adrenalina de poder ser descoberta a fazia sorrir um sorriso que muitos em uma vida inteira nunca sorrirão.
De uma forma monstruosa, sentia-se completa.
Sentia-se bem em ter o poder.
Em ter controle dos sentimentos.Naquele momento.Só naquele breve momento.
Isso tudo passou naquele milésimo de segundo, que parecia ser infinito, mas que quando acabou, parece ter passado muito rápido, pois logo ela se viu triste.
Triste pois não sabia se classificar como nada além de um monstro.
Mas o tempo passou, e ela sobreviveu.
Cresceu,mas não muito.
Apenas mudou.
Começou a buscar ser igual.
Ser "normal".
Precisava de momentos de equilibrio,pois seu eterno desequilibrio começara a assustar.
E assim, num dia de primavera,alguns anos após aquela solitaria e boa primavera, se apaixonou.
Experimentou se sentir completa pelo toque de uma bela mulher, que cheirava a caramelo e que às vezes era tão doce quanto.
Aquela por quem se apaixonara e amava.
"No início era só um jogo...",hoje diz para si enquanto aguarda por sexta-feira, com o coração na mão e a mente longe, pensando naquela que não era um jogo e sim amor.
E deitada na cama, agora encarando o teto, não pensava, nem via, apenas sentia o tempo escorrer de suas mãos.
Apenas sentia-se só e agora, após se apaixonar, a solidão finalmente começara a lhe perturbar.
Mourning air(traduzida)- Portishead
Eu vi um momento com você?
Num mundo iluminado pela metade
Eu estou assustada para acreditar
Mas eu preciso tentar
Se eu tropeçar, se eu cair
Estou alcançando esse ar fúnebre
Eu tenho a força para perguntar?
Além da janela
Eu sinto esse medo sozinha
Até nós termos
Honestidade total
Se eu tremer ou cair
Estou alcançando esse ar fúnebre
Eu deveria sentir o momento com você?
Sussurrar suavemente
Eu não almejo nada tanto assim
Querendo revelar
Honestidade total
Eu posso sentir seu toque
Estou alcançando esse ar fúnebre
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