Hoje entendo.
Que antes não me importava com o teu falo que como espada penetra a carne e machucava meu corpo, desde que não machuque minha irmãs de sangue.
Hoje percebo, que ao machucar meu corpo, você muito esperto, machuca não só minha irmãs consaguíneas, mas todas as mulheres que são minhas irmãs também.
Eu, tão hetaira presa no seu gineceu, 
encostada numa rima sua onde meu corpo você acha ser teu.
Faz o que bem entende e não quer saber
 se por mais que corte a carne, a alma já engradeceu.
Pois é no sofrimento, que nós Marias e Madalenas nos empoderamos cada vez mais.
Nos unimos numa mesma luta, em uma mesma voz.
Nenhuma a menos.
Sendo uma, será também todas nós.

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