Eu.

Não sei, mas acho que a vida é um tanto irônica. ou apenas gosta de zoar com a nossa cara.
Bem a situação é a seguinte...eu,sempre tive um medo, maior que qualquer um na minha vida. Um medo assim maior do que morrer,ou do escuro...na verdade são dois medos.
Um é o medo de ser só...de ficar sozinha. Daquela sensação de mesmo estando com muitas pessoas você está só.
Bem e o outro medo, é o medo de me apaixonar. De realmente amar uma pessoa e sofrer pois ela simplesmente sumiu e não te procura e provavelmente nem lembra da sua cara.

Bem, porque a vida é irônica?- você se pergunta
Simples, eu sempre corri desses dois medos e agora, nesse exato momento eu não sou nada além de uma pessoa só, que ama muita uma outra pessoa, que sente falta dessa pessoa e ela nem deve lembrar de mim.

Será?Será que ela não lembra de mim?
Será que ela sofre com tudo isso que nem eu? eu fico pensando...perguntarei a ela quando nos encontrarmos um dia...por ai...ou não.Não sei ao certo.

Bem...mas aqui estou, só, numa segunda a noite, enfiada nesse computador, tentando procurar uma diversão, uma forma de distração, sair um pouco do "mundo dos sozinhos" e entrar em contato com a humanidade...em vão.
Estou ouvindo agora Cat Power-Metal Heart. Se você não conhece aqui tá um pedacinho da música, só para você ter noção da situação...

"está condenado se você não fizer e condenado se você
fizer
seja verdadeiro porque eles te trancarão num zoológico
bem triste
oh esconda esconda o que está tentando provar
seja escondido esconda-se você não vale nada"(obrigada Cat Power, mas eu sei disso)


Estou perdida, sem reação. Nunca senti esse aperto, essa falta de ar. A falta do membro fantasma. Sabe, parece que você perdeu aquela coisa a mais, aquele braço ou perna a mais que você tinha...talvez eu tenha perdido mais que um braço/perna fantasma, eu perdi mais que isso.
Mais que pedacinhos de carne...perdi muito e não vi que estava perdendo.

Não sei o que fazer. Estou numa área completamente desconhecida. Se bem que ja meio que me conformei com isso...desde que comecei a nomorar com a domadora de coraçoes eu venho vivendo em territorios desconhecidos.

Ex.: Nunca, jamais contava sobre as outras. Nunca jamais dormia de conchinha (na verdade nunca jamais dormia com a pessoa depois do sexo), sempre procurei tê-las na minha mão sem que elas me tivessem na mao delas.Jamais deu aneis, ou coisas valiosas demais para mim. Nunca jamais, pensei em largar tudo por elas. E acima de tudo, nunca, jamais, quis que me entendessem, que me connhecessem como dessa vez.

As vezes penso que a culpa e minha me entregar desse jeito, mas ai eu lembro de tudo, e sei lá, apesar desse trágico fim, valeu a pena.Sempre vale né?

Queria que ela soubesse que sofro, queria que ela sem querer entrasse e visse isso.
Visse essa minha confusão.
Queria falar com ela, implorar para ela não me deixar nunca, chegando até a ameaçar de me matar, queria ter a coragem de dizer isso tudo pra ela(mas ao inves disso eu mando uma mensagem "n gosto de ser tão sua assim !!- eu devia estar morta mesmo)
Queria que ela visse como eu fico sem ela. Queria que ela soubesse, como fica aqui dentro, como a eu não sinto nem falta dela, pelo vazio dentro de mim.
Como cada coisa pequena insite em me lembrar dela.
Como até a música pefeita não existe mais.
Queria ligar para ela e dizer:
-Não me deixa nunca mais, eu juro que vou ser melhor.

Estou pensando em mandar o link com esse texto...quem sabe...
Não sei o que fazer...não sei como ela se sente e isso é muito ruim.
Essa angustia.
Não sei o que fazer e eu sempre sei...

Bem caso eu mande para ela:

Moça,
Te amo da forma mais honesta e real que posso amar alguém.
Me doi saber que talvez isso não seja o bastante, mas não voltaria atras por nada.
Hoje , fui ler, e sempre tenho a mania de ouvir música, liguei o som e tocava "All is full of love".
Bem, não conseguia ouvir mais nada, a Terra não girava mais e o tempo passou bem devagar. Enquanto isso meus olhos se enchiam de lágrimas, dessas que saem de dentro, bem lá do fundo, e que não escorrem pois teimam em sair e acabam que por queimando os olhos.
Parei.
Não sabia mais se estava em pé, sentada ou dormindo.
Senti o vento assoprando meu cabelo, senti todo o peso da gravidade.
Meu coração ou batia rápido demais ou tinha parado, não sei, mas respirar eu definitvamente não respirava.

Fiquei lá parada, ouvindo a música que no qual eu fugi esse tempo todo, ela insistia em entrar pelos meus ouvidos e me cortaram tão suavemente,com um delicado cuidado, como uma navalha até meu peito. Reanimaram meu pedaço de carne mais valioso, meu coração.

Esperei ela acabar.
Quando ela acabou, fechei os olhos.
Montei na minha cabeça, você.
Imaginei você.
Como éramos quando tudo estava simplesmente bem.
As cores, os cheiros, sabores...
Por um segundo pude tê-la.
Fechei os olhos bem forte, esperando que quando eu os abrisse você estivesse na minha frente.
Tive medo de abri-los e não te ver.
Mas eu abri os olhos, e vi a realidade a minha volta.
Você não estava lá.
Vi a imensidão do nada.
Será que se eu continuasse de olho fechoda por mais uns segundos você apareceria lá?
Bem, saiba que gosto de ser sua, e quero ser só sua, mas será que você ainda quer isso?
Será que você lembra de mim?
Será que você me procura quando abre os olhos pela manhã?
Você sofre com isso?

Bem é isso.
Espero ter coragem de mostrar isso para você um dia.
Mas se eu não mostrar e você ver, me fale o que achou...ou não...você decide.

te amo.
Ame-te.

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